terça-feira, 15 de março de 2011

Escritor do Mês de Março de 2011

Manuel da Fonseca



Manuel Lopes Fonseca, mais conhecido como Manuel da Fonseca (Santiago do Cacém, 15 de Outubro de 1911 — 11 de Março de 1993) foi um escritor (poeta, contista, romancista e cronista) português.
Após ter terminado o ensino básico, Manuel da Fonseca prosseguiu os seus estudos em Lisboa. Estudou no Colégio Vasco da Gama, Liceu Camões, Escola Lusitânia e Escola de Belas-Artes. Apesar de não ter sobressaído na área das Belas-Artes, deixou alguns registos do seu traço sobretudo nos retratos que fazia de alguns dos seus companheiros de tertúlias lisboetas como é o caso do de José Cardoso Pires. Durante os períodos de interregno escolar, aproveitava para regressar ao seu Alentejo de origem. Daí que o espaço de eleição dos seus primeiros textos seja o Alentejo. Só mais tarde e a partir de Um Anjo no Trapézio é que o espaço das suas obras passa a ser a cidade de Lisboa.
Membro do Partido Comunista Português (PCP), Manuel da Fonseca fez parte do grupo do Novo Cancioneiro e é considerado por muitos como um dos melhores escritores do neo-realismo português. Nas suas obras, carregadas de intervenção social e política, relata como poucos a vida dura do Alentejo e dos alentejanos.
A sua vida profissional foi muito díspar tendo exercido nos mais diferentes sectores: comércio, indústria, revistas, agências publicitárias, entre outras.
Era presidente da Sociedade Portuguesa de Escritores quando esta atribuiu o Grande Prémio da Novelística a José Luandino Vieira pela sua obra Luuanda, o que levou ao encerramento desta instituição.
Em sua homenagem, a escola secundária de Santiago do Cacém, chama-se "Escola Secundária Manuel da Fonseca".


Obras do Escritor:

Poesia

Rosa dos ventos – 1940 - Edição do autor;
Planície – 1941;
Poemas dispersos – 1958;
Poemas completos – 1958; Obra poética;O Largo

Contos

Aldeia Nova – 1942;
O Fogo e as cinzas – 1953 - Edição Três Abelhas;
Um anjo no trapézio – 1968;
Tempo de solidão – 1973

Romance

Cerromaior – 1943 Editorial Inquérito;
Seara de vento – 1958

Crónicas

Crónicas algarvias – 1986;
À lareira, nos fundos da casa onde o Retorta tem o café;
O vagabundo na cidade;
Pessoas na paisagem.

Sem comentários: